Palestrantes convidados

Barbara Tversky

COLUMBIA TEACHERS COLLEGE / STANFORD UNIVERSITY

Barbara Tversky é uma psicóloga cognitiva na Columbia Teachers College e Stanford University. Uma questionadora nata, desde o início ela questionou a homogeneidade da linguagem, observando que o pensamento espacial precede a linguagem em termos de desenvolvimento e filogeneticamente. Isso a levou a pesquisar sobre as concepções do mundo visual-espacial das pessoas e a coisas pertencentes a esse mundo, as quais são importantes para as nossas vidas; Como pensamento sobre os diferentes espaços em que atuamos (espaço do corpo, ao redor do corpo, de navegação) e os espaços que criamos para aprimorar nossa cognição, criatividade e comunicação – o mundo projetado (representações, mapas, gráficos, diagramas, visualizações). Essa pesquisa revelou as estruturas e significados subjacentes do mundo espacial, servindo como uma comparação perspicaz para a linguagem. Durante toda a pesquisa, ela teve e apreciou colaborações com linguistas, neurocientistas, cientistas da computação, cientistas, designers, arquitetos e artistas. Ela atuou no conselho editorial de muitas sociedades e periódicos, bem como nos comitês de diversas conferências internacionais e interdisciplinares. Ela foi presidente da Association for Psychological Science e é membro da: Academy of Arts and Sciences, the Cognitive Science Society, the Association for Psychological Science, and the Society of Experimental Psychology. Ela recebeu o Kampe de Fériet Award, bem como prêmios por ensino e software.

Doris Kosminsky

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doris Kosminsky é professora associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde atua no Curso de Comunicação Visual Design da Escola de Belas Artes e nos Programas de Pós-Graduação em Artes Visuais e Pós-Graduação em Design, sendo coordenadora deste último. Ela é fundadora e coordenadora do Laboratório da Visualidade e Visualização (labvis.eba.ufrj.br).

Desde 2010 vem desenvolvendo projetos e pesquisas em Visualização de Dados, Design de Informação e processos criativos com o uso de dados. Dentre suas principais produções, destacam-se a exposição e organização do livro “Existência Numérica” e o artigo “Data Changes Everything: Challenges and Opportunities in Data Visualization Design Handoff”, Best Paper IEEE InfoVIS 2019, publicado em IEEE Transactions On Visualization and Computer Graphics.

Ela foi recentemente contemplada com o Grand Challenges Explorations – Brasil pela Fundação Bill & Melinda Gates / CNPq – com financiamento para o projeto “AMPLIA SAÚDE – Observatório da saúde Pre- e Perinatal”. Sob sua coordenação, este projeto de visualização de big data visa explorar os efeitos dos fatores climáticos e ambientais sobre a saúde materna e neonatal.

Ellen Lupton

Maryland Institute College of Art

Ellen Lupton é curadora sênior de Design Contemporâneo na Cooper Hewitt, Smithsonian Design Museum, na cidade de Nova Iorque. As suas exposições incluem “Herbert Bayer: Mestre Bauhaus”, “Valores Faciais: Entendendo a Inteligência Artificial”, “Como Funcionam os Cartazes” e “Os Sentidos: Design para além da visão”.

Lupton é docente na cátedra “Betty Cooke e William O. Steinmetz” de Design no MICA, em Baltimore, onde escreveu numerosos livros sobre processos de design, incluindo “Pensar com Tipos”, “Intuição, Ação, Criação”, e “Novos Fundamentos do Design”.

Os seus livros recentes “O Design como Storytelling” e “Design Thinking em Saúde” foram publicados por Cooper Hewitt. O seu último livro é “Extra Bold: Um Guia de Campo Feminista, Inclusivo, Anti-Racista, Não-Binário para Designers Gráficos”. Ela é Medalhista de Ouro da AIGA e membro da Academia Americana de Artes e Ciências.

Eric Kindel

Universidade de READING

Eric Kindel é Professor de Comunicação Gráfica na University of Reading, onde é chefe do Departamento de Tipografia e Comunicação Gráfica. Foi principal pesquisador do projeto de pesquisa “Isotype revisitado” (2007-11), cujos resultados incluíram “From hieroglyphics to Isotype (Hyphen Press, 2010), a exposição “Isotype: international picture language” (Victoria & Albert Museum, Londres, 2010-11), e “Isotype: design and contexts, 1925–1971 (Hyphen Press, 2013)”. Em 2019, foi co-curador da exposição “Marie Neurath: picturing science” (House of Illustration, Londres). Durante quase duas décadas serviu como curador da Coleção Otto and Marie Neurath Isotype na University of Reading. As suas atividades de pesquisa e ensino em design da informação englobam história e prática, enquanto seus interesses recentes e atuais sobre o Isotype se concentram na compreensibilidade internacional e nos esforços locais para alcançá-lo, nas contribuições do Isotype para o design editorial de meados do século XX, e no contexto colonial tardio do trabalho do Isotype na África Ocidental.

Outros interesses de pesquisa complementares ao design da informação incluem a construção do conhecimento na história das formas e tipos de letra, tal como explorado em “Typeform dialogues” (Hyphen Press, 2018) e a história do trabalho de stencil para letras, composição de texto e outras marcas gráficas, para o qual “Stencil: uma bibliografia descritiva” (Éditions à jour, 2019) é uma contribuição recente na sua montagem de fontes ao longo de quatro séculos e seis línguas. Ele tem escrito sobre estes interesses e sobre as tecnologias e artefatos da produção gráfica e os seus espaços sociais e culturais, para publicações tais como Eye, Baseline, AA Files, Typography papers e Journal of the Printing Historical Society.

Créditos da foto: Michael Bundscherer

Gabriel Gianordoli

The New York Times

Gabriel Gianordoli é editor gráfico e multimídia do The New York Times. Trabalhou com o The Wall Street Journal, The Office for Creative Research, Smart Design, IDEO e várias revistas no Brasil. Mestre (MFA) em Design e Tecnologia pela Parsons School of Design, onde também deu aulas de visualização e programação. O seu trabalho combina direção de arte, design e programação para criar experiências interativas para notícias.

Johanna Drucker

Universidade da California Los Angeles

Johanna Drucker é Professora Breslauer de Estudos Bibliográficos no Departamento de Estudos de Informação da UCLA. É internacionalmente conhecida pelo seu trabalho na história do design gráfico, tipografia, poesia experimental, belas artes e humanidades digitais. Uma coleção dos seus ensaios, “O que é?” (Cuneiform Press) foi publicada em 2013 e “ Graphesis: Visual Forms of Knowledge Production” (Harvard University Press) apareceu em 2014. “Digital_Humanities”, em co-autoria com Anne Burdick, Peter Lunenfeld, Todd Presner, e Jeffrey Schnapp, (MIT Press) foi publicada em 2012. Para além do seu trabalho acadêmico, Drucker produziu livros e projetos de artistas que foram tema de uma retrospectiva, “Druckworks: 40 anos de livros e projetos”, que começaram no Columbia College, em Chicago, em 2012. O seu trabalho está representado em colecções especiais em museus e bibliotecas na América do Norte e Europa. Em 2014 foi eleita para a Academia Americana de Artes e Ciências. Trabalhos recentes incluem “Diagrammatic Writing” (Onomatopée, 2014), “Fabulas Feminae” (Litmus Press, 2015) e dois títulos publicados em 2018, “The General Theory of Social Relativity“, (The Elephants), e “Downdrift: An Eco-fiction” (Three Rooms Press). Em 2019, foi residente como a primeira Distinguished Senior Fellow na Universidade de Yale. A sua obra de 1988, Bookscape, foi exibida na exposição “Artists and their Books” no Instituto de Pesquisa Getty no Verão de 2018. Suas obras recentes incluem: “Visualisation: L’Interpretation Modellante Visualizing Interpretation” (MIT, 2020), “Iliazd: Metabiografia de um Modernista” (Johns Hopkins University Press, 2021), e “The Digital Humanities Coursebook” (Routledge, 2021). O seu trabalho foi traduzido para coreano, italiano, catalão, chinês, espanhol, francês, húngaro, dinamarquês e português.

Luciane Maria Fadel

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Luciane Maria Fadel é professora no curso de graduação em Design e dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC) na UFSC, e em Design na UFPR. É doutora pela The University of Reading (UK) e mestre em ciência da computação pela UFSC, com uma formação eclética em comunicação visual (UFPR), licenciatura (UTFPR) e engenharia de computação (PUCPR). Realizou pós-doutorado em Storytelling na Simon Fraser University, Canadá. Desenvolve pesquisa sobre mídias digitais, com foco nos fundamentos de construção, na interação e experiência do usuário. Busca identificar, analisar e discutir as poéticas das mídias digitais, principalmente em mídias interativas como ambientes de aprendizado, jogos, aplicativos e web. Também investiga o processo de criação e os modos como instigar o designer a ser poeta das mídias digitais. Para tanto, criou o método D4UX – Design for User eXperience.

Suas áreas de interesse envolvem as poéticas das mídias digitais, a criação de significados, a interação humano-artefato e as interfaces digitais.
Colidera o Núcleo de Acessibilidade Digital e Tecnologias Assistivas e o Grupo de Pesquisa Mídia, Arquitetura e Urbanismo na UFSC. No CIDI2021, abordará como o design da informação evoca agência do usuário e suas fronteiras com o design da interação, de navegação e design de interfaces.

Maria dos Santos Lonsdale

Universidade de Leeds

É Professora de Design de Informação e Comunicação e leciona teoria do design, prática e métodos de pesquisa no ensino superior desde 1997. Também trabalha como Designer desde 1996, quando concluiu a Licenciatura em Comunicação Visual pela ESAD, Matosinhos, Portugal. Em 2006 obteve o grau de Doutora (PhD) pelo Departamento de Tipografia e Comunicação Gráfica, Universidade de Reading, Reino Unido.

Tem como principais áreas de pesquisa o Design de Comunicação, Design da Informação e Design Tipográfico. Possui pesquisa notável no campo do Design pela sua natureza interdisciplinar, com colaboração em setores como da Saúde e da Segurança Nacional e Global. O núcleo de sua pesquisa centra-se na utilização eficaz do design para melhorar o desempenho e bem-estar do usuário. Segue uma abordagem baseada na pesquisa centrada no usuário que utiliza uma vasta gama de métodos, incluindo co-design, testes de usabilidade e iteração, estudos experimentais para testar, avaliar e validar soluções de design para problemas encontrados na vida real. Atualmente, é Chefe da Escola Superior de Design da Universidade de Leeds no Reino Unido. A Escola de Design é uma das 24 universidades de elite do Grupo Russell e está classificada entre as cinco melhores universidades de todo o Reino Unido em Arte e Design (Complete University Guide 2021).

É Conselheira Acadêmica da Luto, uma empresa líder mundial em comunicações e testes de saúde. Líder em Design de Informação e Comunicação da NHIR MIC Surgical Technologies, organizada pelos Leeds Teaching Hospitals, o segundo maior fornecedor de cuidados de saúde no Reino Unido. É também editora-chefe da prestigiada revista internacional Information Design Journal, publicada desde 1979 e, editora associada da revista internacional de design, revisada por pares, mais antiga Visible Language, publicada desde 1967. Atua como revisora regular de manuscritos para editoras como Sage, Routledge (Taylor & Francis) e Bloomsbury.

Rob Waller

Simplification Centre

Rob Waller é um designer da informação com uma vasta experiência de prática, pesquisa, escrita e ensino. Ajudou a criar um framework institucional para o desenvolvimento do design da informação, fundando o Information Design Journal em 1979 e organizando uma série de Conferências de Design da Informação na década de 1980-2000. É o atual Presidente do Instituto Internacional de Design da Informação. A consultoria de Rob Waller “Information Design Unit” (formada com seu sócio David Lewis) foi a maior agência de design da informação do Reino Unido até à sua aquisição pela WPP, o grupo global de comunicação, em 2001. Os seus clientes incluíram muitos nomes conhecidos nas áreas de telecomunicações, publishers, setor energético, serviços financeiros e governo, para projetos tão diversos como contas de gás, exibições de informação de voo, dicionários, assinatura de museus, bilhetes de lotaria, formulários de passaporte e jogos de tabuleiro.

Rob estudou na Universidade de Reading, Reino Unido (BA e PhD) onde retornou como Professor de Design de Informação em 2007, lançando um novo grupo de pesquisa, o Simplification Centre. Em 2011, o Centro passou para o setor de voluntariado e agora foca na Escola Anual de Verão de Design da Informação.

A pesquisa de Rob está centrada no papel da tipografia e do layout na linguagem: permitindo aos escritores ampliar os seus meios de expressão de uma linguagem puramente linear para uma linguagem estruturada graficamente; e permitindo os leitores a se envolverem com o texto de uma forma ativa e intencional. Em seu doutorado (1988) desenvolveu uma teoria do gênero do design tipográfico, e ele tem reinterpretando essa teoria utilizando a abordagem da linguagem padrão desenvolvida pelo arquiteto Christopher Alexander. O objetivo é articular aquilo que os designers habilidosos fazem, de modo a tornar estas estratégias mais acessíveis a qualquer pessoa que precise tornar as informações mais claras. Rob também está envolvido com  crescente movimento de design da informação jurídica (legal information design).

Sheila Pontis

Universidade de Princeton

Sheila Pontis é uma pesquisadora de design da informação, educadora e profissional que trabalha em projetos transdisciplinares com uma abordagem integrada que combina design da informação, ciência cognitiva, e pesquisa de campo. O seu trabalho centra-se em três áreas interligadas: sensemaking e cognição no processo de design; resolução criativa de problemas no design, STEAM e na vida quotidiana; e os comportamentos das pessoas em ambientes com muita informação. Sheila estudou Design Gráfico na Universidade de Buenos Aires, e se especializou em Design de Informação recebendo dois mestrados na Universidade de Barcelona e um doutorado (PhD) na Universidade das Artes de Londres. 

Como pesquisadora associada na University College London, trabalhou no desenvolvimento de ferramentas de sensemaking e análise visual para ajudar os analistas de inteligência a melhorar o seu trabalho. A sua pesquisa tem sido publicada em numerosas revistas revisadas por pares. É autora de “Making Sense of Field Research: A Practical Guide for Information Designers” (2018), publicado pela Routledge, o primeiro guia sobre pesquisa centrada no ser humano, escrito para profissionais e pesquisadores de design da informação. Como designer de informação profissional, Sheila tem produzido trabalhos para diversas indústrias e organizações nos Estados Unidos, América do Sul e Europa, incluindo clientes como Pfizer (EUA, Europa), Transport for London (UK), NHS (UK), Elsevier (UK, Espanha), e Unilever (América do Sul). 

Ela tem uma vasta experiência na realização de workshops para profissionais, e mais de 20 anos de ensino superior, tendo lecionado na Argentina, Espanha, Reino Unido e EUA. Desde 2015, ensina criatividade, design da informação e design thinking na Universidade de Princeton. Ela também ministra um curso de criatividade à distância para alunos de doutorado em ciências na Universidade de Mar del Plata (Argentina). O curso é o primeiro do seu gênero, equipando os pesquisadores em início de carreira com uma mentalidade criativa para repensar a ciência e estar melhor preparados para o inesperado. Sheila é também sócia da Sense Information Design, uma consultora de design em Nova Iorque.